Não adiantou fugir da CPI da Covid: o vice-presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito da Covid-19, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), diz que o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello se saiu bem no primeiro dia do depoimento, mas não conseguiu sustentar seus argumentos no segundo dia, quando parlamentares foram mais incisivos.
Na avaliação do parlamentar, o habeas corpus que o general conseguiu no Supremo Tribunal Federal para ficar em silêncio sobre perguntas que o incriminassem, na prática serviu para blindar o presidente Jair Bolsonaro. O senador afirma que a CPI segue no rumo determinado, mesmo que governistas tentem minar os trabalhos.
Os depoimentos de Ernesto Araújo e Eduardo Pazuello comprometem diretamente o presidente da República. Algumas das declarações envolvem: “omissão no caso de Manaus, omissão para comprar vacinas e – mais grave no caso de Manaus – a utilização dos manauaras, dos amazonenses como uma espécie de cobaia para adotar o tratamento com cloroquina”, salientou o senador.
O presidente da CPI da Covid, Omar Aziz (PSD-AM), disse neste sábado (22) que o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello deve ser novamente convocado para prestar depoimento. Omar argumenta que a oitiva com o general foi “hilária” e que, protegido por um habeas corpus, Pazuello mentiu aos senadores.
Redação com Estado de Minas.