Na manhã desta quarta-feira (19), este blog noticiou que o vereador Carlos Bolsonaro, filho do presidente da república Jair Bolsonaro, estaria intervindo no edital de licitação de nº 03/21, do Ministério da Justiça, que tem como objetivo contratar o programa de espionagem Pegasus, desenvolvido pela empresa israelense NSO Group. Em reação a esta matéria, o senador Veneziano Vital elaborou um requerimento onde solicita ao Tribunal de Contas da União (TCU) que seja realizada uma auditoria no Edital a fim de verificar os fatos descritos.
“As informações veiculadas insinuam que o vereador objetiva aumentar sua influência na área de inteligência do Governo Federal, mesmo sem possuir cargo formal na estrutura do Executivo. Para tanto, teria articulado junto ao
novo ministro da Justiça, Anderson Torres, para excluir o Gabinete de Segurança Institucional da licitação”, diz um trecho do documento.
Segundo o requerimento, as acusações são gravíssimas e demandam atenção especial dos órgãos de controle federais, a fim de garantir a lisura do processo de licitação.
“Ao Senado Federal cabe, com o auxílio do Tribunal de Contas da União, realizar, por iniciativa própria, inspeções e auditorias de natureza contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial, nas unidades administrativas do Poder Executivo”, destaca o texto.
Veja o documento na íntegra: