Você sabe o que é Estagflação?
É a combinação de estagnação econômica com inflação alta, o pior dos cenários que um país pode viver.
E é para este mundo miserável que o Brasil caminha a passos largos, impulsionado por decisões governamentais ruins e pela Pandemia.
Os brasileiros estão mais pobres – com renda mais curta e levando menos alimentos para casa.
A inflação oficial – acumulada em 6,76 por cento nos últimos doze meses, e de 5,06 por cento em 2021 – não bate com a realidade brasileira.
Na verdade, a contabilidade oficial ri com gosto da cara da gente.
Pois, nas feiras, supermercados e postos de combustíveis, a população percebe que o buraco é muito mais embaixo.
Só o óleo de soja subiu mais de 90 por cento ao ano.
O preço do arroz subiu 70 por cento.
O feijão, 60 por cento.
A gasolina, até 25 por cento.
E os medicamentos, 10,8 por cento – esse último reajuste, suspenso ontem pelo Senado Federal (graças a Deus e ao bom senso dos nossos senadores).
Mas, repito, os números oficiais zombam da nossa cara e do nosso bolso.
A verdade é que a inflação é muito maior do que a medida pela régua oficial.
Aprofundando o ciclo de empobrecimento, iniciado há cinco anos no país.
Hoje, segundo o IBGE, o Brasil tem quase 52 milhões de pessoas na pobreza e 13 milhões na extrema pobreza.
De acordo com os últimos dados do Banco Mundial, divulgados em abril, o número de brasileiros vivendo com menos de 3,20 dólares (cerca se 17,00 reais) por dia passou de 14,3 milhões para 19,2 milhões entre 2017 e 2018.
Um quadro que visivelmente se agravou a partir de 2020.
Ficamos desempregados.
Mais pobres. E com o dinheiro valendo menos.
Só quem tem motivos para sorrir, neste cenário de tanta dor e miséria, é o presidente Jair Bolsonaro, o vice Hamilton Mourão e seus ministros, que acabam de publicar portaria autorizando aumento salarial de até 69 por cento para eles, enquanto o restante dos servidores públicos enfrentam congelamento salarial.
Um escárnio – mais um – em um Brasil cansado de tanto sofrer.
Confira: