O vereador de João Pessoa Tarcísio Jardim (Patriota) virou alvo de ação civil pública impetrada pelo Ministério Público da Paraíba (MPPB) após a academia, da qual seu nome configura como sócio, ser atuada por infringir determinação do poder público destinada a impedir introdução ou propagação de doença contagiosa. A academia funcionou durante o período de proibição expressa em decreto municipal. Segundo o parlamentar, ele não é mais administrador do estabelecimento devido às suas funções na Câmara Municipal.
“Desde setembro ou outubro do ano passado, período pré e de campanha, que eu não faço mais parte da administração da academia. Eu passei a administração por não ter mais tempo de lidar com esse encargo. Veio o resultado da eleição, graças a Deus saímos vencedores, e por conta de todos os compromissos cedi essa administração aos alunos e disse ‘podem ficar com a academia, tomem conta dela’ ao Marcelo Soares. Inclusive está firmado em contrato, a partir de fevereiro desse ano”, justificou o vereador.
De acordo com Tarcísio, esse contrato firmado no último mês de fevereiro concede a Marcelo Soares todo o poder administrativo do lugar. Entretanto, no CNPJ da academia ainda consta o nome do vereador. Por isso, o MPPB pede ao político que seja paga indenização de R$ 250 mil. Ele conta que soube da ação da fiscalização através de vizinhos.
“No dia da fiscalização, eu soube da força-tarefa através de vizinhos, que mandaram fotos para mim dizendo que tinha polícia na frente da academia. Eu pensei que a academia tinha sido arrombada. Liguei para o Marcelo e ele não atendeu. Depois tive a notícia de que ele tinha ido para a academia, dar aula particular para os alunos, e tinha aberto a academia”, explicou.
Para o vereador pessoense, a responsabilidade está sendo jogada em suas costas pelo fato do CNPJ do estabelecimento ainda estar em seu nome. “Eu não tinha conhecimento que o Marcelo iria abrir a academia durante aquele período. E se soubesse iria proibir terminantemente. Todo mundo me conhece e sabe que não compactuo com coisa errada”, completa Tarcísio Jardim.