Após audiência de custódia virtual realizada na tarde desta quarta-feira (28), a juíza Virgínia de Lima Fernandes, da Vara de Execução de Penas Alternativas de João Pessoa, determinou que Jonathan Henrique, principal acusado de assassinar a pernambucana Patrícia Roberta, tenha prisão convertida em preventiva e seja encaminhado ao presídio do Roger. O suspeito foi preso na noite de terça (27), na casa de um amigo no bairro de Mangabeira.
“Em cognição sumária, da análise dos elementos informativos reunidos no auto de prisão em flagrante, verifica-se que há prova da materialidade delitiva e indícios suficientes de autoria. Denota-se claramente nos vídeos o custodiado JONATHAN carregando o corpo na motocicleta pertencente a ele com o intuito de ocultar o cadáver, bem como as roupas da vítima foram encontradas em um tambor de lixo nas proximidades da residência do flagranteado, o que tornam suficientes os indícios de autoria do crime”, disse a magistrada em sua decisão.
A juíza ainda argumenta que “o crime chocou a comunidade local onde ocorreu, merecendo ação enérgica da justiça, mormente nesse momento processual de modo a salvaguardar a ordem pública”.
O rapaz será encaminhado para a Penitenciária Flóscolo da Nóbrega, o Presídio do Roger, ficando à disposição do juízo processante. Mas, essa transferência acontecerá daqui há 15 dias, pois o acusado ficará em ‘quarentena’ na carceragem da Central de Polícia Civil.
Jonathan Henrique está sendo acusado de feminicídio e ocultação de cadáver. Ele teria assassinado sua amiga de infância, Patrícia Roberta, em João Pessoa. A jovem de Caruaru chegou à Capital paraibana na última sexta-feira (23) para passar o final de semana com o amigo. O último contato da garota com familiares foi no domingo (25). Na segunda (26), parentes desembarcaram na cidade pessoense e registraram boletim de ocorrência, quando foram iniciadas diligências pelas Polícias Civil, Militar e Corpo de Bombeiros.
Na terça-feira (27), o corpo de Patrícia foi encontrado em um matagal perto da residência de Jonathan. Um vizinho viu quando o rapaz transportava o corpo de Patrícia e chegou a perguntar: “Você matou essa jovem?”. Segundo a delegada Emília Ferraz, até o momento, nove pessoas foram arroladas como testemunhas no processo de investigação.
O cadáver encontrado estava envolto num plástico e em avançado estado de decomposição. Devido ao estado do corpo, ainda não foi possível saber a causa da morte de Patrícia Roberta.