O secretário de Atenção Primária à Saúde do Ministério da Saúde, Raphael Medeiros, orienta às mulheres que, se possível, adiem a gravidez enquanto durar o pico da pandemia do novo coronavírus. As taxas de morte materna pela Covid-19 no Brasil dobraram este ano, contabilizando 108 mortes por mês em comparação a 54 mortes de gestantes no ano passado.
O governo orienta, ainda, que grávidas de grupos prioritários sejam imunizadas após avaliação médica. Especialistas alertam para a agressividade das novas cepas nas grávidas. A ginecologista e coordenadora científica de obstetrícia da Associação de Ginecologia e Obstetrícia do Estado de São Paulo, Silvana Maria Quintana, destaca: É prudente acompanhar o número de casos, aumento do contágio e gravidade de internações por Covid, antes de tomar a decisão de engravidar. Mulheres com idade avançada, que fazem algum tipo de tratamento e não podem esperar, podem optar pela gestação com acompanhamento médico; afirmou.
Exemplos de mortes maternas incluem mulheres testadas com exames de baixa qualidade e que demoraram a ter atenção médica para Covid. Algumas deram à luz intubadas; outras nem conheceram os bebês. O governo destinou R$ 247 milhões a ações de apoio para grávidas e puérperas. A ideia é reforçar redes de atenção, dar condições para que as gestantes façam teste no fim da gravidez e, se necessário, possam fazer isolamento e evitar a infecção.
Grávidas sem doenças prévias podem tomar a vacina se fizerem parte de outros grupos prioritários do Plano Nacional de Imunização (profissionais da saúde, professores e agentes de segurança, com ou sem comorbidades). Ainda não há data prevista para imunização de grávidas sem comorbidades de categorias profissionais não prioritárias.