Foi aprovado pelo Senado Federal, na noite de terça-feira (13), o Projeto de Lei (PL) 930/2021, da senadora Daniella Ribeiro (PP-PB), que inclui gestantes e as puérperas (mulheres que deram à luz há pouco tempo) no grupo prioritário da vacinação contra a Covid-19.
O PL acrescenta um artigo à Lei 6.259, de 1975, que cria o Programa Nacional de Imunizações (PNI). De acordo com o projeto, gestantes e puérperas devem ser imunizadas após o grupo de pessoas com mais de 65 anos de idade.
A sugestão para incluir as gestantes e puérperas na lista de prioridades de vacinação contra a Covid-19 foi do senador Randolfe Rodrigues que deu apoio à luta da senadora Daniella Ribeiro para aprovar a proposta. O relator do PL 1.315/2021, senador Carlos Fávaro (PSD-MT) acatou a sugestão. Segundo a senadora, esta alternativa foi uma forma de atender este grupo de mulheres com mais rapidez. A proposta também teve o apoio da bancada feminina “É muito grave a situação, sim. Hoje mesmo recebemos notícias de leitos 100% lotados, com grávidas e bebês também”, disse a senadora.
O Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação Contra a Covid-19 prevê uma sequência de grupos prioritários para a imunização. São eles: pessoas com 60 anos ou mais institucionalizadas, pessoas com deficiência institucionalizadas, povos indígenas vivendo em terras indígenas, trabalhadores de saúde, pessoas de 75 anos ou mais, povos e comunidades tradicionais ribeirinhas, povos e comunidades tradicionais quilombolas, pessoas de 60 a 74 anos, pessoas com comorbidades, pessoas com deficiência permanente grave, pessoas em situação de rua, população privada de liberdade, entre outros.
Daniella pondera, entretanto, que mulheres grávidas correm mais risco de desenvolver formas graves da Covid-19. Segundo o American Journal of Obstetrics and Gynecology, o risco de morte nas pacientes que aguardam um bebê é 13 vezes maior em relação a outros indivíduos na mesma faixa etária. Os nascimentos prematuros são 45,4% mais frequentes entre as pacientes com quadro severo ou crítico da doença.
“Isso acontece porque alterações fisiológicas naturais durante a gravidez e mudanças metabólicas e vasculares em gestações de alto risco podem agravar o quadro clínico da Covid-19. Essas mudanças fisiológicas, de acordo com os cientistas, abrem a porta para impactos advindos do vírus. As gestantes internadas por problemas respiratórios apresentaram maior chance de comorbidade ou condições subjacentes, como asma, hipertensão, diabetes tipo 2, doença autoimune e obesidade”, argumenta a senadora.
O Projeto de Lei 1.315/2021 foi aprovado no plenário do Senado e encaminhado para votação na Câmara dos Deputados.
Fonte: Agência Senado