Na manhã desta terça-feira (06), o ex-prefeito de Campina Grande, Romero Rodrigues, virou réu na Operação Calvário acusado de receber propina de Daniel Gomes, então gestor da Cruz Vermelha, em sua campanha eleitoral para a prefeitura campinense em 2012. Além de Romero, o próprio Daniel Gomes, Saulo Ferreira Fernandes e o advogado Jovino Machado da Nóbrega Neto, sócio do escritório de Advocacia Cunha Lima e Targino, também foram denunciados por participação no esquema.
Segundo os novos desdobramentos da Calvário divulgados nesta terça, Jovino Machado foi o responsável por entregar uma parte da propina da Cruz Vermelha nas mãos de Romero Rodrigues. O advogado é sócio do escritório de Advocacia Cunha Lima e Targino, no qual os nomes de Cássio e Pedro Cunha Lima, ex-governador da Paraíba e deputado federal pelo Estado, respectivamente, também figuram como associados. Jovino também era Coordenador Jurídico do Governo do Estado da Paraíba na gestão de Ricardo Coutinho.
“Como se verá o contrato não foi implementado – registrando-se que a propina acertada foi efetiva e integralmente repassada ao então candidato a prefeito de Campina Grande-PB, ROMERO RODRIGUES VEIGA, parte em mãos e outra parte através de JOVINO MACHADO DA NÓBREGA NETO, advogado sócio do escritório de Advocacia CUNHA LIMA E TARGINO, à época, também, ocupante do cargo de Coordenador Jurídico do Governo do Estado da Paraíba, comandado por RICARDO VIEIRA COUTINHO, em razão de fatos alheios à vontade dos denunciados, visto que os episódios que se sucederam depois da aprovação jurídico-normativa, ano de 2013 pela Câmara de Vereadores de Campina Grande, ocasionaram rupturas e afastamentos entre integrantes dos grupos políticos comandados pela família CUNHA LIMA (Campina Grande) e o pelo governador do Estado RICARDO COUTINHO, em razão da disputa pelo Governo de Estado nas eleições de 2014”, revela a denúncia feita pelo Ministério Público da Paraíba e acatada pelo juiz Alexandre José Gonçalves Trineto.