Autoridade máxima de saúde no Exército, o general Paulo Sérgio afirmou que diante dos crescentes casos de coronavírus no país, eles entraram em uma espécie de lockdown, com todas as cerimônias militares encerradas e integrantes de grupos de risco enviados para home office. Estão sendo realizadas campanhas massivas de distanciamento social e uso de máscaras e higienização das mãos – uma política totalmente oposta à adotada pelo governo federal.
São de responsabilidade da Força, além dos militares da ativa, os que estão na reserva e os dependentes. Com 60 unidades de saúde, entre hospitais, policlínicas e postos avançados, o Exército mantém uma taxa de mortalidade pela doença de 0,13%, bem abaixo do índice de 2,5% registrado na população em geral do país.
Os novos recrutas, do serviço militar obrigatório, estão em regime de internato e passam semanas sem ir para casa. Apesar das medidas intensas, a segunda onda da Covid-19 já começa a ter efeitos severos, com o registro de internação de militares jovens e colapso nos hospitais da rede — obrigando o uso de unidades de saúde privadas.
Enquanto o país ainda enfrenta a segunda onda e acompanha o crescente número de mortes, o Exército prevê uma terceira onda, que pode ser ainda mais grave e começar por Manaus, dentro de dois meses.
Foto: Carlos Vieira/CB/D.A Press.