Se tudo que já foi experimentado, e ainda estão insistindo em experimentar, segurou pouco a velocidade de transmissão do vírus, não vejo outro caminho que não seja a decretação de um rigoroso lockdown.
Não se faz omelete sem quebrar os ovos e não adianta acreditar que essas medidas restritivas ‘mamão com açúcar’ vão surtir efeito, pois nas ruas discretas, notadamente na periferia da grande João Pessoa, os bares estão lotados de pessoas sem máscaras.
Infelizmente, a população não entendeu o ‘pedir com educação’ do poder público.
Estamos vivendo uma tragédia humanitária, algo tão catastrófico quanto a Segunda Guerra Mundial; são mais de 2,5 milhões de mortos até agora, mas a ficha para a sociedade ainda não caiu.
Experiências em outros países, notadamente no Reino Unido, comprovam que o lockdown retarda a velocidade de transmissão e descongestiona os hospitais em colapso.
Portugal estava um caos há cerca de seis semanas e ao abandonar medidas restritivas leves e adotar o rigoroso lockdown, virou o jogo e o número de infectados e mortes foram reduzidos.
Por isso só nos resta apelar ao governador João Azevedo para que como estadista que é não titubeie quando os paraibanos mais precisam do seu tirocínio técnico.
Governador, salve vidas e feche tudo, deixando o mínimo possível a funcionar. Não tenha medo, a opinião pública ficará ao seu lado.
Ou a Paraíba para de verdade ou o sistema de saúde vai colapsar e milhares de vidas entrarão para a contabilidade da tragédia humanitária.
Dércio Alcântara.