Com R$ 98, qualquer um poderia comprar online cópias falsas da CoronaVac, segundo comunicado do Procon de São Paulo. O órgão identificou a página que vendia doses falsificadas do imunizante e comunicou a polícia do Estado. Até o fechamento desta nota, o site estava fora do ar.
Segundo a entidade, o caso tinha todas as características de um golpe. E mais: a página, intitulada “Farmácia 24 Horas”, ainda oferecia entrega gratuita para todo o país. Evidentemente, era tudo mentira.
A CoronaVac foi desenvolvida pelo laboratório chinês Sinovac e será produzida e distribuída em São Paulo pelo Instituto Butantan, mediante um acordo estabelecido entre a empresa farmacêutica e o governo do Estado. Segundo o governador João Dória (PSDB-SP), a campanha de vacinação deve começar em 25 de janeiro, mas a CoronaVac ainda está em avaliação de aprovação pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
A “Farmácia 24 Horas” apresentava um endereço físico na Avenida Juscelino Kubitschek, na zona sul de São Paulo. O Procon-SP visitou o local, mas não encontrou nada lá. Na internet, além do site, os responsáveis também desapareceram.
O órgão de fiscalização aproveitou a oportunidade para ressaltar a necessidade de cautela na busca por informações sobre a Covid-19 no Brasil. Segundo os especialistas, outras pessoas com más intenções podem se aproveitar do interesse no assunto para aplicar golpes parecidos com o da CoronaVac falsa.
Há algumas semanas, posts em redes sociais falavam de vacinas vendidas por camelôs, da possibilidade de importar os imunizantes e até da coleta de informações para cadastros em supostas filas para recebimento das vacinas. A vacina de camelô, ao que tudo indica, era apenas um meme de internet, mas outros golpes do tipo têm ocorrido não apenas no Brasil, mas em outros países também.
Olhar Digital