A Sociedade Brasileira de Infectologia publicou uma nota de repúdio. O ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes declarou, pelo Twitter, que “a manipulação de estatísticas é manobra de regimes totalitários” e “o truque não vai isentar a responsabilidade pelo eventual genocídio”.
Também o ex-ministro da Saúde Luiz Mandetta disse que a mudança corresponde a uma “lealdade militar extrema, mesmo que burra e genocida”.
“Militares estão acostumados a construir grandes bunkers de segredos intransponíveis. Numa guerra contra vírus e bactérias, nas guerras da saúde, a informação compõe a primeira linha de defesa do indivíduo”, afirmou Mandetta, durante uma live mediada por Gilmar Mendes, no canal do IDP (Instituto de Direito Público).
Mandetta foi demitido por Bolsonaro depois de insistir na importância das medidas de quarentena para controlar a pandemia no país. “Sem informar da maneira correta, o Estado pode ser mais nocivo do que o vírus”, resumiu.
No mundo, a pandemia de coronavírus matou mais 397 mil pessoas, de acordo com a Organização Mundial da Saúde. O balanço deve ultrapassar a barreira de 400 mil óbitos neste domingo (7).
A informação é do G1