Entre as vítimas está Maria Portelo, de 60 anos, que morreu em sua casa em Manaus, no Amazonas. Seu corpo foi colocado em uma cama e coberto com um lençol. A família aguardou 30 horas até a remoção.
No Rio, o chef de cozinha José do Nascimento Félix morreu em casa, no morro da Providência. Ele chegou a ser internado com suspeita de Covid-19, mas piorou depois de receber alta.
Em março e abril deste ano, as mortes em casa representaram 19,8% de todos os óbitos no país (dois pontos percentuais a mais do que no ano anterior). Os dados são do Portal da Transparência dos Cartórios de Registro Civil, que reúne informações de cartórios de todo o país. O aumento pode ainda estar subdimensionado, já que mortes ocorridas em abril de 2020 ainda estão sendo computadas pelo sistema.
Na falta de diagnósticos para Covid-19, as mortes ocorridas em casa tiveram grande aumento de classificações de Síndrome Respiratória Aguda Grave (613%), causas indeterminadas (46%) e Septicemia (30%). Outras causas de morte, não correlacionadas à Covid-19, também cresceram 10,8%. Mas segundo especialistas, elas podem estar associadas ao alto stress do sistema de saúde no país.
Segundo a plataforma, as mortes em casa aumentaram em quatro dos cinco estados que mais concentram óbitos por Covid-19: São Paulo, Rio de Janeiro, Pernambuco e Amazonas.
Em Manaus, cidade onde o sistema de saúde entrou em colapso, devido a pandemia de Covid-19, as mortes em casa mais do que dobraram.
A informação é do G1