O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) negou hoje que tenha pedido a cabeça do superintendente da Polícia Federal no Rio de Janeiro e, ao rebater uma reportagem da Folha de S.Paulo, fez ataques à imprensa que o aguardava na saída do Palácio da Alvorada.
Sem responder perguntas, o mandatário elevou o tom, inflamou seus apoiadores contra os jornalistas e chegou a gritar que os profissionais deveriam “calar a boca”.
A ira decorre, segundo Bolsonaro, de uma reportagem da Folha publicada ontem. No texto, a coluna “Painel”, da jornalista Camila Mattoso, observa que a superintendência da Polícia Federal no Rio de Janeiro é um foco de interesse da família Bolsonaro.
O comando da regional já havia sido motivo de impasse entre o presidente e o ex-ministro Sergio Moro, que se demitiu da chefia do Ministério da Justiça e Segurança Pública e acusou Bolsonaro de impor mudanças na estrutura hierárquica da PF por desejo pessoal —um inquérito no STF (Supremo Tribunal Federal) foi instaurado para apurar se houve irregularidade.
Em agosto do ano passado, Bolsonaro atropelou o então diretor-geral da instituição, Maurício Valeixo, e anunciou a substituição do comando da superintendência fluminense, algo que ainda estava sendo discutido internamente.
Com informação da Folha de São Paulo