O empresário Arthur Bolinha é em Campina Grande o segundo maior entusiasta dessa estratégia negacionista do Presidente Bolsonaro, que defende em uma lógica sem sustentação científica o fim do isolamento, tendo como argumento apenas a visão mercantil; o maior defensor é o prefeito Romero, que no futuro pode responder por improbidade por crime contra a saúde pública e genocídio.
Se Bolinha quer tanto abrir sua loja de roupas Rutra, pra vender para ninguém, pois o povo tá limitando suas despesas a comida e medicamentos e ninguém vai pra festas, casamentos ou formaturas, por causa da aglomeração, que tal ele mesmo ir para o balcão e, como bom líder classista, correr junto com os seus funcionários o risco de se contaminar?
Exigir que a massa corra todos os riscos e ficar em casa de quarentena não tá certo, é ganância, egoismo e indução ao genocídio.
E aí, Bolinha? Vai para a linha de frente se arriscar solidariamente com sua equipe ou vai ficar virtualmente comandando as coisas de casa, enquanto seus funcionários garantem teu lucro ao preço de suas vidas?
Perguntar não ofende e responder é obrigação de quem respeita a opinião pública.
Dércio Alcântara