Quando a ONU pediu um cessar fogo mundial para que todos focassem no inimigo maior, o coronavírus, alguns podem não ter entendido que diante do apocalipse iminente briga de vizinhos é secundário.
Na Paraíba setores da imprensa insistem no apequenamento do debate, trazendo pra mesa o ego e deixando em segundo plano a tragédia humanitária em curso.
Não é momento para picuinhas paroquiais, interesses populistas e desejos individuais, diante da grandeza coletiva da sobrevivência da espécie humana, posta em xeque por uma ameaça maior do que uma guerra nuclear. Diálogo param guerras, mas o vírus é impiedoso e não quer dialogar.
A OMS alerta para esforço concentrado de todos contra o Convid 19 e faz questão de frisar: enquanto é tempo.
O coronavírus se modifica de um país para outro e o homem tem se mostrado impotente com seus supercomputadores e trilhões de dólares e euros.
Coisificar o debate equivale a fazer vista grossa às valas de judeus mortos nos crimes de guerra dos nazistas, estabelecendo um foco no questionamento se a munição que derrotou o exército alemão foi superfaturada.
Estamos numa guerra, o inimigo é invisível e se não for exterminado na próxima onda pode vir mais forte e fatal.
Ajustemos nossas alças de mira no alvo certo e paremos de desperdiçar munição atirando em garrafinhas.
Alguns colegas de imprensa precisam ter ética, juízo e caráter.
Dércio Alcântara