Deputados de oposição aproveitaram o primeiro dia de volta dos trabalhos da Assembleia Legislativa da Paraíba para apresentar um pedido de impeachment do governador João Azevêdo e da vice-governadora Lígia Feliciano (PDT).
“Eu acho que é um processo que temos que movimentar diante de tudo que foi dito e trazido pela Calvário. As delações só vem confirmando que o Governo está manchado e é um Governo que não tem mais sustentação. Entendo que o impeachment tem que ser feito e nós estamos fazendo nosso papel”, disse a deputada Camila Toscano (PSDB).
Já o líder do Governo, deputado Ricardo Barbosa (PSB), minimizou a sugestão dos opositores. “Eu não tenho conhecimento, essa matéria é desconhecida por mim e não creio que isso prospere”, pontuou.
O documento, no entanto, não tem o número necessário (maioria qualificada) para dar corpo ao pedido de cassação. Somente 12 dos 36 deputados da Casa assinaram a lista.
O que fica claro nesse pedido é que os deputados estão mais preocupados em tirar o governador do Palácio do que em pautar e discutir o assunto. Afinal, João foi citado apenas em delações, não há provas que o liguem à Orcrim comandada pelo ex-governador Ricardo Coutinho.
De forma irresponsável, os deputados estão incentivando a instabilidade política no Estado. Imaginem só a Paraíba virar um Rio de Janeiro. Imaginem a problemática em tirar um governador do cargo apenas por tirar, sem provas materiais para dar início ao processo. Com todo o respeito, deputados, mais noção.