Quando criaram o Coletivo Ricardo Coutinho pessoas com potencial, mas sem autoestima, abriram mão dos seus projetos individuais para convergir para o projeto coletivo de um homem só.
Quando decretaram o fim do Coletivo Ricardo Coutinho aquelas pessoas sem autoestima e que abriram mão dos seus próprios projetos reconheceram que o homem só tinha alcançado o projeto de poder e eles chegaram a reboque.
Veio essa nova fase em que o homem só quis manter refém todos aqueles sem autoestima e que abriram mão dos seus sonhos para realizar o sonho de uma só pessoa e as pessoas reagiram adquirindo autoestima e acreditando em si próprias como catalizadoras, rompendo para evoluir e se blindar.
Agora, os remanescentes do Coletivo Ricardo Coutinho com Síndrome de Estocolmo se reagrupam e refundam o Coletivo Ricardo Coutinho para resistir ao irresistível, evitar o inevitável ou, pelo menos, garantir um discursozinho retórico e pragmático ao que começou como projeto político e terminou como formação de quadrilha.
É o que chamo de involução da espécie.
Dércio Alcântara