Aos 57 anos, pertinho de me aposentar e com novo prazo para ter esse direito assegurado, sou um dos que diz poucas e boas sobre essa reforma da previdência aprovada no Congresso a pedido do governo Bolsonaro.
Mas, já que foi aprovada na esfera federal e não há mais o que fazer, chegou a hora dos estados repetirem aqui embaixo o que começou lá em cima. Não há como fugir da regra do jogo.
Por isso vejo com naturalidade o projeto de reforma estadual chegar na Assembleia, tramitar e ser aprovado. Somos uma federação e os estados estão subordinados ao poder central, federativo. É intrínseco.
Se era pra barrar a reforma que barrassem em Brasília. Agora não temos como desengrenar da engrenagem. A roda pequena roda dentro da grande.
Ontem o deputado federal Gervásio Maia esbugalhou os olhos e acusou o governador de assumir bandeiras impopulares, como a querer culpar João Azevedo pela reforma da previdência.
Gervásio, como sempre, joga para a platéia. E nesses próximos dias Ricardo se manifestará também culpando João e dizendo que se ele fosse o governador não faria a reforma estadual. Balela. Faria e faria de forma fria e cruel.
Tudo que Ricardo era contra antes de ser prefeito ou governador ficou a favor quando chegou ao poder.
A reforma estadual da previdência é necessária e irreversível. Motivo simples: a previdência estadual tem que seguir as regras estabelecidas para todo o país.
Deixemos Gervásio e Ricardo fazerem proselitismo, mas sabendo que estão jogando para quem for besta ouvir.
Dércio Alcântara