Uma declaração bombástica dita ontem (10), véspera da inauguração do complexo habitacional Aluízio Campos, em Campina Grande, põe em dúvida a atuação do Prefeito de Campina Grande Romero Rodrigues (PSD) e do seu vice-prefeito Enivaldo Ribeiro (PP) dentro da gestão das obras do Complexo Aluízio Campos obra que conta com 95% de recursos federais e que teve inicio na gestão da ex-presidente Dilma Rousseff (PT). Segundo seu ex- secretário de Planejamento, Márcio Caniello, relatou que Romero/Enivaldo descumpriram metas estabelecidas no contrato com o Governo Federal para a implementação do conjunto habitacional.
“Das 130 empresas que assinaram o protocolo de intenções, em 2014, para se instalarem no complexo industrial, só duas foram efetivamente implantadas, o que perverte totalmente o objetivo da integração moradia/trabalho, um dos pontos mais importantes do projeto. Além disso, nada foi feito quanto ao ‘hub’ logístico, ao parque ecológico, à ‘tecnópolis’ e à usina para tratamento e reuso de águas servidas”, disse Marcio Caniello, que foi secretário de Romero de coordenou em 2013, a elaboração do projeto do Complexo Aluízio Campos (Masterplan).
O ex-secretário lembra que apenas 5% dos custos do empreendimento ficaram sob a responsabilidade da prefeitura municipal e que o governo federal aportou cerca de 350 milhões de reais para o projeto, o que representa 95% do total investido. Ele teme que o conjunto habitacional esteja sendo entregue sem que sejam observados fatores fundamentais para garantir a dignidade dos moradores e moradoras.
“Vários problemas ainda precisam ser equacionados, como a segurança pública, o funcionamento dos equipamentos comunitários, a implantação de pontos comerciais e também questões relativas à mobilidade urbana e aos transportes públicos, já que o complexo fica na transição entre a zona urbana e rural do município”, disse o ex-auxliar de Romero. “É preciso tomar as providências para que as pessoas que forem ali morar vivam dignamente, pois este é o objetivo do Minha Casa Minha Vida”, complementou Caniello. Veja detalhes: https://wscom.com.br/ex-secretario-denuncia-que-descumprimento-de-metas-pela-pmcg-pode-tornar-o-aluizio-campos-um-conjunto-habitacional-isolado/
Crise na base – Nem sequer foi entregue o complexo e sua inauguração marcada para essa segunda-feira (11), já está repleta de crises. Ontem (10), em nota a imprensa por meio das suas redes sociais o deputado federal e presidente estadual do PSL-PB Julian Lemos, disse que não comparecerá ao evento marcado para hoje da entrega das casas do Conjunto Aluízio Campos em Campina Grande. A solenidade contará com a presença do presidente da República Jair Bolsonaro (PSL), o paraibano atribuiu a não presença a participação de políticos que considera ‘corruptos’ no evento e deu nome aos bois, o prefeito de Campina Grande Romero Rodrigues (PSDB) e seu vice-prefeito Enivaldo Ribeiro (PP) que tem sua gestão alvo da ‘Operação Famintos’ que desviou através de uma ‘Orcrim da Merenda’, milhões. Bem como da participação do deputado federal Aguinaldo Ribeiro (PP), réu no STF acusado de compor a organização criminosa mais conhecida como “Quadrilhão do PP”. Veja detalhes: http://fmrural.com.br/2019/11/10/presidente-do-psl-pb-diz-que-nao-vai-a-evento-com-bolsonaro-em-cg-devido-a-presenca-de-corruptos-como-romero-e-a-familia-ribeiro/
Famintos – As investigações foram iniciadas a partir de representação junto ao MPF, relatando a ocorrência de irregularidades em licitações na Prefeitura de Campina Grande (PB) mediante a contratação de empresas “de fachada”. Com o aprofundamento dos trabalhos pelos órgãos, constatou-se que desde 2013 ocorreram contratos sucessivos, que atingiram um montante pago de R$ 25 milhões. Dois secretários municipais (Administração e Educação) foram afastados pela Justiça. Dois secretários municipais de Campina Grande foram afastados dos cargos.
A CGU, durante auditoria realizada para avaliar a execução do PNAE no município, detectou um prejuízo de cerca de R$ 2,3 milhões, decorrentes de pagamentos por serviços não prestados ou aquisições de gêneros alimentícios em duplicidade no período de janeiro de 2018 a março de 2019.
Famintos 2
A Segunda fase da Operação Famintos teve como foco contratos firmados diretamente entre empresas – que seriam de fachada – e as escolas municipais. São investigados crimes como fraude em licitações, sonegação fiscal, lavagem de dinheiro e de corrupção na aquisição de gêneros alimentícios e merenda escolar. Oito pessoas foram presas. Até agora 16 pessoas já foram denunciadas pelo MPF à Justiça, por envolvimento no suposto ‘esquema’.
Processo nº 0802629-06.2019.4.05.8201
Íntegra da denúncia
http://www.mpf.mp.br/pb/sala-de-imprensa/docs/denuncia-operacao-famintos/view
PROPINODUTO DO PP – A Procuradoria Geral da República calculou em R$ 357.945.680,52 milhões o total de propina recebida pelo ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, um dos delatores da Operação Lava Jato, e pelo Partido Progressista (PP) a partir de desvios de recursos na área de Abastecimento da estatal.
A PGR narra que a partir de 2011, o comando do PP passou para outros parlamentares, que também passaram a controlar a distribuição da propina: os senadores Ciro Nogueira (PI) e Benedito de Lira (AL) e os deputados federais Arthur de Lira (AL), Eduardo da Fonte (PE) e Aguinaldo Ribeiro.
Leia mais: http://m.valenewspb.com/products/pgr-diz-que-deputado-federal-aguinaldo-ribeiro-controlava-distribuicao-de-propina/
Redação