Os principais jornais do país destacam o pedido da Caixa Econômica Federal, nesta quinta-feira (3), para que a Justiça decrete a falência da Odebrecht. O banco alega que o plano de R$ 98,5 bilhões de reestruturação das dívidas da empreiteira – em recuperação judicial desde agosto – não está bem explicado. Abalada pela Operação Lava Jato, a Odebrecht tem um rombo de R$ 100 bilhões.
No pedido, o banco solicita à Justiça permissão para que credores nomeiem os novos administradores da Odebrecht e de suas subsidiárias em uma assembleia. A Caixa é um dos maiores credores da empreiteira, mas não é o único.
Em sua primeira página, O Estado de S.Paulo informa que o objetivo do banco era conseguir ações da petroquímica Braskem, empresa sócia da Odebrecht, para reduzir sua exposição – hoje na ordem de R$ 2,2 bilhões – entre os bancos credores. Esse grupo inclui instituições como o Itaú, Bradesco, Banco do Brasil e Votorantim. De acordo com o Estadão, apenas a Caixa e a Votorantim não tem seus créditos cobertos pela petroquímica.
Segundo o matutino, é comum que, em caso de recuperação judicial, os credores peçam a decretação de falência. Pedidos de liquidação de empresas durante recuperação judicial só avançam se vierem de um credor novo, o que não é o caso da Caixa.
Em seu destaque principal, O Globo revela que os dirigentes da Caixa sabem que o juiz da 1ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais de São Paulo, João de Oliveira Rodrigues Filho, deve negar o pedido de falência. A expectativa da instituição financeira, contudo, é que o magistrado obrigue a Odebrecht a apresentar um novo plano de recuperação.
O Globo lembra que a Lava Jato levou o dono da empresa, Marcelo Odebrecht, à prisão. A crise iniciada em 2014 foi devastadora até agora – hoje com cerca de 40 mil empregos ativos, a Odebrecht teve no auge uma folha de pagamento com 193 mil funcionários.
O pedido de recuperação judicial acabou sendo, de acordo com o Globo, a solução para a sobrevida do grupo. “Caixa pede à Justiça que decrete falência da Odebrecht”, informa o a manchete do Globo.
Em seu título principal, o Estadão destaca que, para acabar com o impasse entre o Senado e Câmara, que ameaça desidratar ainda mais a economia da reforma da Previdência, o governo quer dividir recursos do megaleilão de petróleo do pré-sal com senadores e deputados, aumentando as verbas de emendas parlamentares.
Segundo o matutino, o Planalto espera acabar com a disputa política pela partilha do dinheiro do pré-sal, que envolve parlamentares, governadores e prefeitos. Além disso, quer destravar a votação do segundo turno da reforma da Previdência.
De acordo com o Estadão, pela proposta Estados, municípios e parlamentares (por meio das emendas) ficariam com R$ 7,3 bilhões cada do total de R$ 106,5 bilhões que serão arrecadados com o leilão, marcado para 6 de novembro. “Planalto quer dividir recursos do pré-sal com o Congresso”, sublinha a manchete do Estadão.
Em seu título principal, a Folha de S.Paulo revela que o Supremo Tribunal Federal (STF) tomará iniciativas para validar juridicamente mensagens trocadas no aplicativo Telegram por integrantes da operação Lava Jato.
Segundo a Folha, o ministro Gilmar Mendes vai acionar a Procuradoria-Geral da República para verificar a autenticidade dos arquivos.
As recentes conversas expostas pelo The Intercept Brasil mostram a proximidade entre o hoje ministro da Justiça, Sérgio Moro, e procuradores, colocando em dúvida a imparcialidade do ex-juiz durante o período em que atuava 13ª Vara Federal, em Curitiba.
A PGR poderá receber essas informações do STF, que requisitou as mensagens à Polícia Federal, ou da própria PF, responsável pela investigação sobre o caso. “STF e PGR agem para validar mensagens vazadas da Lava Jato”, diz o texto principal da Folha. Com informações G1.