Do nada, o ex-governador Ricardo Coutinho começou a focar na reconstrução de relações com jornalistas ou figuras da mídia, a exemplo do franqueado da Globo na Paraíba, Eduardo Carlos, e a tesourinha Wellington Farias, que visitou no leito, como um bom samaritano.
Interagiu por zap com jornalistas que passou oito longos anos fingindo não conhecer, puxou conversa com articulistas desafetos, ligou para quem nunca tinha ligado e para os que havia se desligado.
Que estratégia ele estaria engrenando, que personagem estaria representando, o de vítima? Quer se autoflagelar antes mesmo das 14 estações da via crucis e do calvário?
Eduardo Carlos já disse a interlocutores que a aproximação com quem teve entreveros desgastantes nos últimos oito anos não tem cabimento, que o encontro com Ricardo foi casual e que limitou-se a ser educado e civilizado.
Uns ficaram surpresos com a iniciativa de aproximação, outros acharam estranho, mas todos concordam com uma coisa: é estudado e revela nas entrelinhas a preparação de uma blindagem para um futuro próximo.
O chamado ponto com nó. Olhos fixos nessa movimentação. Profissional é profissional. Coisas de serial..
Dércio Alcântara