EXCLUSIVO – Ninguém tá completamente certo. Ninguém tá completamente errado. Em tudo temos que deixar uma margem para tangenciar.
Essa disputa visceral pelo comando do PSB na Paraíba tem objetivos a longo, médio e curto prazo.
Edvaldo Rosas comandou o partido nesses 16 anos com um Fundo Partidário mensal baixo, pois a legenda na Paraíba não tinha representantes em Brasília. E o repasse tem como critério as cadeiras no Congresso.
Até março deste ano o PSB recebia modestos 16 mil mensais. Em junho passou para 46 mil e a direção estadual recorreu e pediu o repasse com base nas duas cadeiras que tem, um deputado federal e um senador.
Corrigido, o PSB paraibano passará a receber 210 mil reais a partir do próximo mês e , convenhamos, é um recurso financeiro muito importante para a disputa de poder.
Mas, se acham que entenderam o motivo da cobiça, tem mais.
O Fundo Eleitoral para 2020 deve dobrar de tamanho, saltando para 3,7 bilhões e o PSB será bem aquinhoado, pois tem 32 deputados federais e três senadores.
Quanto menos candidatos a prefeito o PSB lançar no estado, mais vai sobrar para fomentar a campanha na capital e o repasse poderá chegar a mais de 20 milhões.
Esse imbróglio, então, esconde no tabuleiro de xadrez jogadas de blefe, desejos inconfessáveis e o óbvio ululante.
Quando Ricardo pressionou o PSB nacional, exigindo o comando na Paraíba ou deixaria a legenda, mirou em muito mais do que apenas tirar os espinhos de Edvaldo Rosas do caminho.
Dércio Alcântara