Antes de começar esse artigo vou logo dizendo que nunca me imaginei refazendo o conceito que eu tinha e propagava sobre Nonato Bandeira, também chamado por uns de “O malvado favorito”, ou simplesmente “Pai véi”.
Eu sempre depositei na conta do ex-secretário de Comunicação de RC a tensão na relação do governador com a imprensa e até a perseguição e cerceamento jurídico, mas hoje, dou mão à palmatória, estava errado.
Nonato é um pensador e como tal antevê cenários e formula estratégias.
Saiu das redações para o honroso e disputado posto de vice prefeito da Capital. Merece, portanto, respeito e aplausos, pois foi onde um jornalista chegou mais longe em nosso estado.
Deixando essa coisa corporativa de lado, hoje vislumbro em Nonato o cara que porta a agulha e o novelo para tecer junto ao governador e outros personagens da cena política a difícil, mas não impossível, necessidade de um realinhamento geral de forças para no próximo pleito uma espécie de nova aliança democrática vingar e unir contrários.
Nonato conviveu com Cássio e Cartaxo, tem larga experiência no trato com o PMDB desde a convivência com Maranhão na primeira eleição de Ricardo para prefeito e esse trânsito lhe coloca em posição privilegiada, vendo o tabuleiro de cima, sem arestas.
Tenho dito que Cartaxo tem tudo para ser o candidato de RC ao governo. Há quem veja em Lira o imã dessa ampla aliança.
O fato é que o tema está posto e quem tem juízo sabe que reduzir custos e viabilizar-se é mais importante do que as contendas alimentadas pela tropa.
Na Chefia de Gabinete do governador Nonato é o cara certo na hora certa para articular aproximações.
DÉRCIO ALCÂNTARA