Está difícil para o conselheiro Fernando Catão justificar a atuação do Tribunal de Contas do Estado.
Depois de Anísio Maia, agora é a vez de Vituriano de Abreu questionar a atuação do órgão.
Em discurso na manhã de hoje na tribuna da Assembléia, Vituriano disse que “o TCE aprovou as contas do ex-prefeito quando ele ainda precisa se explicar, sobre restos a pagar de mais de R$ 1 milhão. Eu posso garantir que as contas de Carlos Antonio serão aprovadas relativas a 2007, porque das outras vezes nós apontamos item por item as irregularidades nas contas do ex-prefeito e ainda assim o TCE aprovou as suas contas. O Tribunal faz questão de aprovar as contas de Carlos Antônio e acho que daqui a pouco vai convocar o ex-prefeito para integrar aquela Corte, só está faltando isso. Ninguém tem mais cartaz no Tribunal de Contas do que o ex-prefeito de Cajazeiras”, acrescentou Vituriano.
Catão até tentou defender a Corte, quando em visita hoje de manhã à Câmara de João Pessoa disse que as críticas à instituição devem ser feitas com respaldo na verdade e com provas do que está querendo provar, caso contrário, torna-se informação vazia e sem conhecimento da importância do trabalho das instituições. Ele ainda informou que todas as decisões no TCE paraibano passa por uma comissão onde ocorre discussão entre todos os membros do Tribunal.
Mas a julgar pelo que ocorreu na sessão de hoje no TCE, Anísio Maia e Vituriano tem mais razões do que a razão desconhece.
É que o conselheiro Arthur Cunha Lima, pra variar, não apresentou na sessão seu parecer sobre o contrato da Secretaria de Saúde de João Pessoa com a Oscip Ibrai.
Arthur Cunha Lima justificou que só recebeu a ação na última terça-feira (29) e precisa de mais tempo para analisá-la. “Esse processo tem 23 volumes e estou avaliando folha por folha para só então trazê-lo para a sessão”, afirmou.
O relator do processo, Antônio Gomes Vieira Filho, já pediu a aplicação de multa máxima de R$ 2.805,10 para a secretária de Saúde de João Pessoa, Roseana Meira, e Dalmo Santos de Oliveira (ex-gestor), além da imputação de débito no valor de R$ 239.509,42 (para ambos) aos cofres públicos num prazo de 30 dias.
Não custa lembrar que Roseana Meira é uma espécie de primeira-ministra no Governo Ricardo Coutinho. Daí…