Ontem na Avenida Paulista garçons serviram aos manifestantes arroz, purê de batata e filé mingnon ao molho de madeira, além de refrigerantes. Nas torres do Congresso foram projetados em laser a frase “Fora Dilma”, enquanto o prédio da Fiesp, patrocinadora do banquete, virou um gigantesco outdoor.
Definitivamente, protestar ficou melhor do que era no meu tempo. E, apesar de concordar em parte com os motivos, fico a me perguntar aonde tudo isso vai parar?
Faço essa pergunta por que os manisfestantes rejeitam lideranças tradicionais, políticos são vaiados, o secretário de Segurança de São Paulo foi expulso do acampamento na Paulista e até um dos líderes do movimento Brasil Livre abandonou o acampamento após ser agredido pela massa, que mão aceitou sair de lá para o PT fazer seu protesto hoje.
Há um visível descontrole da situação criada pela indignação e mega cobertura da mídia e overdose na redes sociais.
Não vou discutir aqui o mérito, mas o efeito colateral e ressaca patriótica e intolerância a caminho.
Se ninguém lidera, quem vai controlar a massa quando ela precisar ser controlada e chamada ao bom senso, como este de ceder espaço democrático para outra corrente de pensamento se manifestar?