Depois de bombardear a ferro e a fogo a administração do prefeito de Campina Grande, Veneziano Vital do Rego (PMDB), a deputada estadual Daniella Ribeiro (PP) resolve se unir ao que seria, até então, seu adversário político. Como entender esse processo? A administração do cabeludo foi feita durante esses quase oito anos em parceria com o PT e de repente, orquestrado pelo ministro das Cidades, Aguinaldo Ribeiro e pela direção estadual do Partido dos Trabalhadores, resolveram se utilizar da única arma indefensável ao ser humano: a traição.
Mas de onde surgiram as articulações para o golpe final em Veneziano? Da família Ribeiro? Não é de se espantar, já que está inerente em seu gene a Traição. Essa traição me remonta a lembrança da Síndrome de Estocolmo em que as vítimas começam por identificar-se emocionalmente com seus sequestradores. No caso em questão, a “vítima” é o PT e o sequestrador, a família Ribeiro.
Família essa, cujo patriarca, Aguinaldo Veloso Borges é o principal acusado de mandar assassinar o líder camponês João Pedro Teixeira e a líder sindical e filiada ao PT, Margarida Maria Alves. Ter uma visão clara da realidade nessas circunstâncias e conseguir mensurar o perigo real dessa união é, no mínimo, desastrosa.
Lembro ainda da aliança feita em 1939 entre Hitler e Stalin quando a Alemanha nazista estava desesperada para conseguir um acordo com a então URSS, que lhe permitisse atacar a Polônia sem enfrentar uma guerra de duas frentes contra a URSS e as duas principais potências imperialistas da Europa Ocidental. Trazendo esse fato para a nossa realidade, foi instalada inesperadamente uma guerra política em Campina Grande e no Estado.
O resultado dessa união feita às escuras e às costas do seu maior aliado foi a de uma reação inesperada por seus algozes. Hoje Campina Grande e, principalmente a “boca maldita” do Calçadão da Cardoso Vieira, reage com indignação. E esta indignação não é apenas das vítimas, mas da maioria do povo campinense e até mesmo dos aliados ao PP e PT, além de outros partidos adversários.
Para conferir, basta visualizar o Twitter de adversários como o filho do governador Ricardo Coutinho, o fiel escudeiro de Cássio, Zé Gotinha, entre outros.
Ouça o áudio opinativo do afamado língua de tesoura, Wellington Farias, feito na tarde desta terça-feira, no Programa Correio Debate: