Com a sequência alucinada de publicações e republicações do edital da SECOM, nota-se certa ansiedade do secretário Nonato Bandeira em fazer a torneira de o tesouro público jorrar os tão esperados 17 milhões de reais.
A mesma pressa que não houve quando os desabrigados dos temporais deste rigoroso inverno clamaram ajuda do Palácio da Redenção, hoje há para escoar uma fortuna anunciando o que não fez pelos canos lagos da mídia.
A pressa é tanta – quero entender o motivo do desespero – que o edital para escolha das agências de publicidade foi publicado com erros crassos num dia e no outro já foi republicado de novo, mesmo passando por cima das recomendações do TCE.
O que Nonato quer com tanta pressa? Quem pressiona tanto ele a ponto de induzi-lo a erros de primeiro grau?
Entendo a necessidade de fazer fluir essa área licitando para poder fazer chegar aos veículos às mídias governamentais como remédio para reduzir a impopularidade de um governo incompetente.
O que não compreendo é a pressa numa conjuntura que o governador pintou como de “crise” e necessária austeridade.
Se for para cortar gastos o atraso do edital é providencial e estes 17 milhões podem perfeitamente cochilar no cofre e de lá só sair no ano que vem.
Vai levando tudo na maciota Nonato e esquece o fato de os pardaizinhos estarem com os biquinhos abertos.
Como Nonato é republicano e não reza pela cartilha do bate e volta – o que vai para certos veículos volta em parte para o caixa 2 -, então não deveria ter tanta pressa, mas há e isso é emblemático.
Tão dando bandeira demais.