Quando a corregedora nacional de justiça Eliana Calmon disse que existem “bandidos de toga” não afirmou que havia um bandido atrás de cada toga. Quando a ministra Ellen Gracie disse que há corrupção no Judiciário não afirmou que todos naquele poder são corruptos.
Quando eu, Helder Moura e Rubens Nóbrega denunciamos o desembargador Joás de Brito por fazer pedidos de empregos para a família ao governador Ricardo Coutinho, oferecemos um prazo de cinco dias para ele e o governador se explicarem antes da publicação e apresentamos documentos fundamentando, e estes foram protocolados e entregues ao presidente do TJ, Abraham Lincoln, através do deputado Anísio Maia.
Tá tudo hoje em poder do CNJ, mas isso não quer dizer que todos os desembargadores do TJ tenham sucumbido a essa prática execrável de pedir empregos para os parentes ao governador de plantão.
Hoje venho aqui hipotecar minha solidariedade ao Poder Judiciário paraibano e contrapor com a mesma coragem setores da imprensa, que, levados ao erro por um elemento desacreditado em tudo que faz pela periculosidade, foi leviana e colocou em dúvida a conduta irrepreensível de homens de bem.
Parafraseando a ministra Ellen Gracie e a corregedora Eliana Calmon eu digo: há na imprensa paraibana bandidos portando laptops de grosso calibre.
Isso não quer dizer que todos os jornalistas que portem um laptop sejam marginais, mas tenho que admitir que em nosso meio existem pistoleiros verbais de aluguel a serviço de uma quadrilha que usa a política como fachada para negócios escusos.
Aquele jornalista venal que não cito o nome para ele não jactar-se com a superexposição que este blog proporciona passou da conta e se eu fosse seu patrão varria a sujeira pra fora antes de a lama subir o primeiro batente e arrastar-lhe junto para o esgoto.
Associar-se para o crime de extorsão é formação de quadrilha e parabenizo o desembargador corregedor Nilo Ramalho pela atitude de remeter o caso para o CNJ.
Em tempo: a fonte que atende pela alcunha de “garganta profunda” zarpou para Paris – segundo Tião Lucena, é Rocimberg Leandro – para apreciar a “Torre(s) Eiffel”, e os picaretas ficaram falando sozinho com os laptops sem balas nos HDs.