Engraçado como os políticos subestimam a inteligência popular e se aproveitam do masoquismo coletivo para fazer todo mundo de besta. Não à toa que aquele boneco João Teimoso foi inspirado no eleitor que apanha, mas volta para apanhar de novo.
Cássio, por exemplo, é o grande responsável por esse desastre administrativo que assola a Paraíba e que responde pelo nome de Ricardo Vieira Coutinho, mas há sempre um besta acreditando que ele vai chutar Ricardo e arrebatar a Paraíba de suas mãos.
Eu pergunto, para que? Ricardo e Cássio são duas faces de uma mesma moeda e ambos frustraram expectativas. Ou vocês não se lembram dos primeiros quatro anos de Cássio?
No segundo mandato e, especialmente, às vésperas de ser cassado, ele mudou e foi bonzinho para os servidores porque queria atrapalhar seu sucessor e deixar sua marca para voltar.
Cássio e Ricardo, Ricardo e Cássio, quem quiser que se iluda, eu não. São carne e unha, côncavo e convexo, farinha do mesmo saco.
Cássio quase quebrou o estado para se reeleger e foi cassado, Ricardo foi além da conta e quebrou o estado ao assumir. Hoje o comércio padece, o servidor padece, a imprensa padece e ele intransigente se achando o certo. Vai acabar igual ao avalista: cassado.
Mas não podemos esquecer que Ricardo não tem culpa sozinho, pois Cássio pegou em sua mão e o levou pela Paraíba como o salvador da pátria.
O que Ricardo colher de impopularidade deve compartilhar com Cássio e o que colher de popularidade idem. Ambos estão interligados por um cordão umbilical e não venha Cássio fingir que não é com ele.
A Paraíba elegeu Ricardo sensibilizado pelos apelos de Cássio, que foi o plus que RC precisava para ir além da ponte do Rio Sanhaua. O ônus e o bônus deverão ser compartilhados e Cássio não poderá romper lá na frente fingindo que não é com ele.
O primeiro mandato de Ricardo equivale ao segundo de Cássio, o sucesso de um é o sucesso do outro. O fracasso também.