Vou explicar agora porque Dilma e Ricardo estão em tempos de motor diferentes e o que a desaceleração de uma e a aceleração do outro pode trazer como consequência.
Eleita numa disputa muito apertada, onde recebeu um recado duro das abstenções, brancos e nulos, Dilma foi orientada a engavetar o tailleur vermelho, vestir branco, moderar o discurso, descer do palanque e acenar à oposição com diálogo. Obesa, ela ficou fininha na metamofose pós urnas e virou um disco de algodão para passar macia entre os cristais da conjuntura.
Eleito numa Paraíba dividida e com muitas dificuldades pelos monstros que mesmo cria, Ricardo Coutinho ignora a necessidade de trégua, ataca a imprensa, alfineta adversários, mantém um olho em cada retrovisor e não desce do palanque. Magro, ele inflou o ego e virou um hipopótamo que, sem a menor delicadeza, vai tentar passar entre os cristais sem quebrar nenhuma taça.
O que as atitudes descritas e semeadas podem colher?
A resposta virá com o tempo, que dirá quem agiu certo e quem agiu errado. Particularmente, este blogueiro torce pelo sucesso de Dilma e Ricardo, pois como cidadão dependo dos acertos do modo de gestão de cada um.