A saída de José Alfredo de Paula dos trabalhos da Lava-Jato, revelada pelo jornal O Globo nesta terça, é vista por integrantes da operação na gestão de Rodrigo Janot como um ato tardio que escancara a letargia nas investigações da atual PGR contra políticos envolvidos em escândalos de corrupção.
Há meses a procuradoria dava sinais de que preferia o jogo parado nas investigações. O Radar revelou, nas últimas semanas, que duas importantes delações estavam em banho-maria na PGR: a do delator da Operação Carne Fraca, Daniel Gonçalves, e da operadora do PT na Bahia, Dalva Sele Paiva. Ambas, apesar de homologadas, não tiveram desdobramentos em operações.
Com praticamente todas as ações em ponto morto, procuradores avaliam que o chefe da operação na PGR demorou para pedir o boné. “A continuar assim, Raquel vai terminar abraçada ao Camanho”, diz um procurador, em referência à Alexandre Camanho, o cabo eleitoral da tentativa de recondução da atual comandante da PGR. A próxima a sair pode ser a própria Raquel.
A informação é da coluna Radar da Veja.
Da redação