Campina é feminina, tem a presença da mulher já no seu nome. Mas só elegeu homens para cuidar do seu destino, apesar de Cozete Barbosa ter assumido sem ter sido a protagonista da eleição onde figurou na vice de Cássio. A perspectiva real de uma mulher chegar a cadeira principal do Palácio do Bispo assusta o clube do bolinha e a retórica machista exala preconceito.
Mas, pergunto: quem tem medo da candidatura ascendente de Ana Cláudia Vital do Rêgo?
Pedro, Bruno, Tovar, Bolinha e Inácio. Todos e por isso a indefinição de candidaturas. Eles não conseguem achar Ana em seus radares, como se ela tivesse uma blindagem e voasse baixo pelas ruas de Campina sem ser detectada. Ana é a esfinge a dizer decifra-me ou te devoro.
Como dizem lá no Chope do Alemão, esperavam Luiz e Ana é luz. Mais que isso, a candidatura de Ana é um farol sinalizando ao segmento feminino que a vez delas chegou. E isso incomoda.
Impactando com simpatia, Ana Cláudia é uma mulher segura, preparada e de baixíssima rejeição. Testada em gestão pública, foi superintendente da FUNASA e secretária de estado várias vezes. Durante oito anos foi a primeira dama de Campina Grande, tem opinião própria.
É considerada peça chave na exitosa carreira do marido, senador Veneziano. Desde a disputa pelo primeiro mandato de vereador Ana estava presente, organizando tudo nos bastidores quando ainda eram namorados. Prudente, entretanto, Ana esperou a hora certa para ingressar na política.
Enquanto a gestão Romero Rodrigues decide quem vai enfrentar Ana Cláudia, a pré-candidata do Podemos define as prioridades do seu plano de governo.
Dércio Alcântara