Às voltas com agiotas e outras dívidas de campanha, o vice-prefeito de uma cidade lá do brejo paraibano sucumbiu às pressões e decidiu vender sua fazenda.
Logo o que menos pensava em se desfazer, pois guardava recordações e tinha zelo extremado, como um homem tem pela mulher que ama.
Sabe-se que mercadoria oferecida perde seu valor e ele entregou sua propriedade por 500 mil reais, muito abaixo do que pagou e pegaria se tivesse tempo para aguentar as pressões na porta de casa.
Ele vendeu a quem tem dinheiro sobrando e no dia combinado recebeu do irmão do novo dono uma mala com o dinheiro cash.
Ficou surpreso, pois achava que iriam ao banco fazer transferência e até deixou seu gerente de sobreaviso, mas ao receber em espécie entendeu que quem comprou não queria publicidade da transação.
Resumo da ópera, lá no brejo tem um perdedor com uma propriedade a menos e um predador com uma propriedade a mais.
Quem pode, pode.