Os primeiros dois anos da gestão Ricardo Coutinho foram marcados pela rispidez, estabanamento nas decisões administrativas e falta de diálogo.
A demissão dos 30 mil servidores logo no inicio marcou a falta de interlocução com a classe política e aprofundou os cortes, mas nada desgastou tanto quanto o péssimo relacionamento Governo/imprensa.
E ninguém é mais culpado que o próprio governador Ricardo Coutinho, mas do lado esquerdo de seu ombro teve um cãozinho atentando 24 horas por dia e o seu nome é Nonato Bandeira, o ravengar que levou a gestão RC a torrar milhões de reais para recuperar uma imagem que, se não fosse pela imperícia do então secretário de Comunicação, nem de longe estaria tão arranhada.
Nonato azedou a relação de RC com o Sistema Paraíba, forçou a barra jurídica para que uma chuva de processos contra jornalistas fossem movidos e, finalmente, foi perseguidor implacável com ingerência dentro das empresas, numa verdadeira caça às bruxas.
O que Nonato fez em minha ótica não merece o nosso perdão, e falo corporativamente. Jamais me esquecerei de que precisamos fazer um abaixo assinado e pedir que a API e a OAB ficassem solidárias com um grupo de perseguidos, cujo direito a liberdade de expressão estava sendo cerceado pelo cerco jurídico e financeiro da SECOM de Nonato Bandeira.
Hoje, ao saber da nomeação de Estelizabel para a SECOM lhe desejei através do Twitter boa sorte e novos ventos e relacionamentos entre Governo e imprensa.
Mais importante do que o pragmatismo é a dialética, pois um é a mudança do indivíduo e a outra é a mudança da história.
RC acertou e espero que a Estela nomeada seja a jornalista e não a política.
EM TEMPO: Que Cartaxo não cometa o erro de deixar Nonato individualizar a Comunicação.