A saída de Mario Toscano da Secretaria de Saúde nesta quarta (9) era só uma questão de tempo. O Governo do Estado amarga uma crise generalizada no atendimento à população que necessita de serviços médicos e hospitalares. Até quando o governador Ricardo Coutinho permanecerá calado diante das “enfermidades” em sua gestão?
Só nesta semana ouvimos noticias de médicos que cobram para realizar cirurgias que já haviam sido pagas pelo SUS em Campina Grande, pacientes que não terão mais direito a hemodiálise em Guarabira e falta dos medicamentos contra o câncer que devem ser entregues gratuitamente, neste caso, foi preciso decisão judicial para que o Estado volte a fornecer os remédios como no Governo anterior.
A história de que o período de adequação governamental influenciou nas falhas contínuas já não cola mais. Um governador não precisa parar o que esta dando certo para fazer o que bem entende, tampouco, deixar os cidadãos a mercê da sorte, culpando a gestão anterior e se apoiando em cem dias para começar a governar.
O discurso de campanha se opõe a prática, e já não há mais o que mascarar. O povo exige uma resposta, não de um veículo oficial, mas do próprio socialista que garantiu um novo tempo para a Paraíba e tem alcançado índices recordes de rejeição.
Enquanto isso, um senhor de 69 anos, em Campina Grande, portador de Câncer recebeu medicamento pela última vez no dia 28 de dezembro de 2010. O juiz Marcos Sales, determinou que o Estado forneça medicamentos contra o câncer a todos os portadores da doença, mas os medicamentos estão em falta e não tem prazo para ser entregue, segundo a própria Secretaria Estadual de Saúde (SES).
Em tempo: Mário Toscano levou uma subida de tamanca pela perda “daquele processo”, não aguentou e pediu pra sair.