Se alguém me pedisse para fazer uma comparação entre as gestões de Ricardo Coutinho e Luciano Cartaxo na PMJP eu não titubearia em dizer que um impõe e o outro dialoga.
E essa é a principal diferença nos dois estilos pessoais, mas no que se refere aos gestores e suas políticas públicas eu diria que um é original e o outro refugo, a cópia.
Como assim? Me perguntaria o interlocutor imaginário. E eu diria que todas as políticas públicas de sucesso que a gestão do ex-prefeito Ricardo Coutinho implantou em João Pessoa foram sugadas de uma fonte chamada Partido dos Trabalhadores, formuladas por décadas de experiência e por quadros valorosos que o PSB ainda não tem.
E a maior prova disso é o Orçamento Participativo ou Democrático, dependendo se a gestão em tela for original ou cópia.
O Orçamento Participativo vem da experiências do PT em grandes, médios e pequenos centros e nasceu da necessidade de inverter a piramide e fazer vir de quem vai ser beneficiado direto a sugestão do que é prioridade.
O Orçamento Democrático idem, mas é uma inspiração na experiência bem resolvida das gestões petistas.
Só que se inspirar e mudar o nome é uma coisa, mas fraudar uma assembleia entupindo-a de delegados assalariados e bases dos vereadores é outra. Todos sabemos através das denúncias de que o Orçamento Democrático em João Pessoa foi uma fraude que serviu apenas para eleger Sandra Marrocos e legitimar numa fachada democrática o que a impetuosidade do prefeito da época já havia decidido.
Cartaxo com o seu Orçamento Participativo vem resgatar uma experiência bem sucedida de participação popular e, finalmente, o pessoense vai entender a importância de sua participação em uma assembleia que realmente decida o que é prioridade.
Agora realmente vale a pena comparecer a uma dessas reuniões itinerantes que percorrerá os bairros da Capital, pois há a garantia de que não será um circo de marionetes e nem um palanque para eleger paraquedistas ou amigos do rei.
Se você quiser me perguntar qual é a diferença entre o período tenso que os ambulantes passaram com o ex-prefeito Ricardo Coutinho e a fase de diálogo que desfrutam nessa gestão de Cartaxo eu também posso me aprofundar, mostrar fotos de camelô apanhando dos bombados e vários boletins de ocorrência, mas isso é assunto para outro artigo.
Resumindo, Ricardo é um espírito de contenda e Cartaxo é conciliador. Um é refugo e o outro o original.