Se eu fosse Roberto Santiago veiculava um outdoor agradecendo a Cássio pela aprovação da permuta dos terrenos públicos para ele construir novo shopping e ampliar sua fortuna.
Soube em tom de ameaça da mídia oficial que ele encomendou uma peça publicitária agradecendo aos deputados que votaram a favor e que por debaixo dos panos vai soltar uma graninha – o mínimo do mínimo do que arrecada em um dia cobrando estacionamento em um terreno que aterrou sobre o Rio Jaguaribe – para aquela turma do gargarejo que se diz fórum fazer umas plaquinhas queimando quem teve altivez para votar contra a mamata de quem quer ampliar o patrimônio privado se apropriando do que é público.
Essa claque é raia miúda e feito pinto na titica basta jogar um xerém; a bancada do shopping é trânsito intermediário e cumpre ordens ou honra compromissos.
Cássio, não. Foi ele quem se moveu sem deixar rastros desde o início. Foi Cássio quem começou, foi Cássio quem terminou. E com êxito.
Ao contrário dos trapalhões do Coletivo RC e periferia agregada, que atrapalharam mais do que ajudaram, Cássio foi tranqüilo e infalível como Bruce Lee. É profissional.
Se eu fosse Roberto Santiago estampava aquele sorriso inconfundível de Cássio em outdoors por todo o estado – obviamente, na empresa do irmão Savigny – com a seguinte frase: “Cássio, o segundo shopping agente nunca esquece”.
Mais que isso, se eu fosse Roberto incorporava Cássio nessa sociedade futura, pois mesmo vivendo as agruras de não assumir um mandato ele varou a madrugada e amanheceu o dia de ontem operando em favor do empreendimento.
E, cá pra nós, é eficaz.
Em tempo: no finalzinho da tarde Cássio ainda teve tempo de tratar de assuntos imobiliários lá na torrelândia. É uma barauna!