Não adianta disfarçar, a movimentação de Veneziano, seja nos ciclos de debates Pensando a Paraíba ou nas inserções de rádio e TV, tira o sono do governador Ricardo Coutinho e o atrai para os arredores de onde o Cabeludo passa.
Normal, dizem uns. Mudança de estratégia, dizem outros. As duas coisas, digo eu.
RC tem incorrido numa sequência de erros ao monitorar e combater a movimentação frenética do pré candidato do PMDB ao governo.
Primeiro, apressou-se demasiado para crucificar o ex-prefeito de Campina ja na saída do cargo, que recebeu mais chicotadas que Jesus em sua via crúcis e pelo exagero do açoite fez de sua crucificação o marketing de seu início de jornada para 2014.
Por que querem tirar esse cidadão do páreo com tanta pressa e fúria? Essa pergunta todos os paraibanos atentos passaram a se fazer. Em seguida, com a confirmação da desastrosa gestão de Romero Rodrigues o tiro saiu pela culatra e a melhor coisa que Ricardo fez a Veneziano foi crucificá-lo.
Na cruz, Veneziano virou mártir, inspirou sentimentos nobres nas pessoas e agora está sendo carregado em um andor por toda a Paraíba e, como todo messias, vem sendo seguido por uma procissão cada vez mais numerosa.
Mas, para não deixar margem a interpretação de que é um vilão, RC aderiu aos clichês do gênero e passou a acompanhar os passos desse messias da oposição de muito perto, revelando-se inseguro.
Aonde Veneziano vai ele quer ir também e na maioria das vezes é recebido com vaias, como foi o exército romano na Galiléia.
Veneziano esteve em Patos e RC levou o OD para Piancó, onde foi vaiado. Veneziano esteve em Sousa e RC convocou uma reunião urgente com correligionários em Cajazeiras. Veneziano esteve neste final de semana em Belém e Guarabira e logo o governador criou um evento paralelo na Rainha do Brejo e como persona non grata circulou com sua tropa pela festa, onde na noite anterior Veneziano foi aclanado.
Resta saber se quando Veneziano acelerar sua agenda sobrará tempo para o seu rastreador político administrar o estado.