Apesar de alguns maranhistas sonharem enviezadamente em ter em Cássio a liderança capaz de derrotar o governador Ricardo Coutinho, o próprio reiteradas vezes jura que apoiará sua reeleição.
Por força de Lei Cássio não poderá se submeter às urnas em 2014, mas há quem argumente que pode, pois o período da punição de oito anos teria começado em 2006.
Outros argumentam que ele tem outra condenação, aquela de 5×1 no TRE, o que o tornaria – como disse o ministro Gilmar Mendes ontem em sua relatoria – prisioneiro quase perpétuo, pois tem mais processos a caminho e cada um lhe daria, em tese, oito anos de abstinência eleitoral forçada.
Voltando a questão da aliança com Ricardo ou debandada para oposição, cheguei à conclusão que o pragmatismo de Cássio o manterá aliado de Ricardo até o dia em que descobrir que ele não trabalha para que ele seja o sucessor, em 2016.
Ricardo se apegará a tese de que Cássio não poderá disputar e desde já movimentará as pedras para a reeleição e depois para fazer o sucessor do âmbito do próprio Coletivo RC.
Cássio ficará quieto – forte com o mandato de senador, mas quieto – para eleger Diogo prefeito de Campina e garantir através da parceria com Ricardo às condições de governabilidade.
Matreiros, ambos ficarão matutando o futuro próximo e se suportando em nome de uma interdependência.
Ricardo sabe que não pode perder o DEM e nem muito menos o cassismo a partir de Campina Grande. Efraim incha, mas não explode. Cássio é o elo.
Mais que isso, o governador precisa antes trazer de volta para perto de si o PT e os demais remanescentes da esquerda.
Enfim: Cássio e Ricardo são siameses univitelinos e ainda não querem se submeter a cirurgia de separação dos corpos.
Confusos e órfãos de pai e mãe, cabe agora aos maranhistas construírem uma nova liderança e que essa seja capaz até de se sacrificar em 2014 para retomar o poder em 2016.
Esqueçam Cássio, ele ta cuidando da própria vida e, de certa forma, é refém de Ricardo.
E agora, José?