A notícia da filiação de Marina Silva ao PSB pega todo mundo de surpresa. Tenho certeza que ninguém conjecturou sobre essa variável. Imaginava-se ela candidata a presidente em outros partidos, a exemplo do PEN, PTB, PDT ou PPS, menos vice.
O que levaria uma figura que estava em segundo lugar nas pesquisas a aderir a um projeto que estava em quarto, cambaleante e à beira da desistência?
Confessemos que ninguém pensou nessa hipótese. Marina teria guinado de cabeça de chapa à vice por motivos que terá dificuldades para explicar e se não conseguir não entregará a Eduardo Campos os pontos que ele espera absorver com sua adesão surpreendente.
Segundo a última pesquisa do Ibope Dilma tem 38% , Marina vem em segundo com 16% , Aécio Neves em terceiro com 11% e Eduardo Campos na lanterninha com 4%. Teoricamente, essa junção de forças entre Eduardo Campos e Marina catapultaria o governador de Pernambuco para 20% se transferência fosse total de Marina pra ele.
Agora talvez a inteligência petista entenda de uma vez por todas que o PSB é adversário forte e, ao contrário do que pensa o marqueteiro de Dilma, João Santana, os anões não vão se devorar.
A movimentação de Campos também deve ter sido pego de surpresa os tucanos e Aécio vai começar a vê-lo como ameaça e não como parceiro.
O cenário nacional mudou e dependendo dos partidos que vão se agregar a esse projeto Campos/Marina pode interferir no tabuleiro local.
EM TEM<PO: Marina e Campos prometem contar tudo numa entrevista coletiva que concederão às15 hoiras.