O coordenador da Comissão de Combate aos Crimes de Responsabilidade Administrativa (Ccrimp) do Ministério Público Estadual (MPE), promotor José Raldeck, disse que investigará a fundo as denúncias apresentadas pelo Fórum dos Servidores Públicos Civis e Militares da Paraíba sobre suposto pagamento de propina a quatro secretários de estado, no ano de 2011.
“Tudo será investigado”, declarou José Raldeck, através da assessoria de imprensa do Ministério Público. Ela informou ainda, que uma equipe de técnicos está pesquisando nos arquivos se há algum processo sobre a matéria, já que o governo do estado afirmou que teria encaminhado, na época, o material para o órgão.
“É um trabalho lento, pois na época nem tudo era informatizado e estamos verificando processo a processo”, informou a assessoria.
O Fórum dos Servidores Públicos Civis e Militares da Paraíba protocolou no Ministério Público Estadual pedido de investigação sobre denúncia veiculada na internet, que informa suposto esquema de distribuição de propinas a secretários estaduais de Ricardo Coutinho.
Segundo a denúncia, durante uma blitz de rotina a polícia teria interceptado um veículo modelo Fox, placa DYE-5922, que teria sido flagrado transportando a quantia de R$ 81 mil, sacada na agência do Banco do Brasil de Benfica, no Recife.
Ainda segundo informações, ao lado da quantia, os policiais teriam apreendido um papel com a orientação para a distribuição do dinheiro que seria entregue a Gilberto Carneiro, atual procurador geral do Estado, Livânia Farias, atual secretária de Administração, Coriolano Coutinho, irmão do governador Ricardo Coutinho, e Laura Farias, superintendente da Companhia Docas.
À época, o caso teria sido encaminhado à Delegacia de Repreensão a Entorpecentes e os delegados Allan Terruel; Aldrovilli Dantas; Marcos Vilela, Ramirez Pedro, Daniela Vicuuna; Dulcineia Costa; Marcos Lameirão e Jeferson Vieira foram chamados para auxiliarem nas investigações. O secretário de Segurança e Defesa Social, Cláudio Lima, também foi chamado e levou o caso ao conhecimento de Ricardo Coutinho, que teria determinado que o caso fosse “abafado” e excluído dos arquivos da Polícia da Paraíba.
Ontem, o Fórum pediu ao governo do estado uma certidão que comprove que, na época do fato, a administração estadual requereu investigação do caso por parte do órgão ministerial, conforme foi divulgado em nota oficial do governo.
BG