Mesmo aqueles que antipatizam Estelizabel e apostavam num retorno do prefeito Luciano Agra ao posto de pré-candidato pelo PSB, todos voltaram atrás e desistiram da indicação depois das trapalhadas protagonizadas desde o anúncio de sua desistência.
Luciano assinou o atestado de que não quer de jeito nenhum participar de vida política, não tem jeito pra isso. Quando o debate era sobre a gestão na prefeitura, vendiam a imagem de que Luciano era o “homem do discurso técnico”, quando foi se aproximando a eleição a falta de traquejo político de Agra terminou por colocar em risco o projeto dos Girassóis.
Com sua desistência, o prefeito criou o clima de instabilidade entre os secretários Estelizabel (PSB) e Nonato Bandeira (PPS). Disputa que, ao mesmo tempo, revelou o caráter ditatorial da escolha da pré-candidata do PSB e fez com que Nonato, em busca de apoio, colocasse 8 partidos (anunciados pela assessoria do PPS) contra Ricardo Coutinho nas eleições em João Pessoa.
O troca-troca no secretariado e a prematura reforma administrativa terminaram por selar o “não” de Luciano à coisa chamada “política”. Com outra tacada certeira, o prefeito dispensou o irmão do “seu patrão” Coriolano Coutinho da presidência da Emlur ,e via Twitter, disse que Coriolano vai ser aproveitado em outro momento, em campanha ou em qualquer lugar, já pouco preocupado com o barco que está prestes a pegar fogo.
Num ato de extrema democracia, jamais antes vista pelos jardins de girassóis, Agra convida Rosa Gondim, tia do prefeito de Campina Grande Veneziano e irmã da deputada Nilda Gondim, ambos do PMDB.
Não sei se todo o problema de Agra é a impaciência própria dos sagitarianos de 25 de novembro, sua mania de querer que tudo se revolva em seu tempo e hora. Mas Agra precisa fazer as pazes com os astros, controlar seus instintos quando o assunto é política. A paciência é fundamental para não colocar os pés pelas mãos.
As atitudes de Agra agora calam as poucas vozes que poderiam se levantar em torno de seu nome. Que fique bem claro, ele não quer mais.