Ninguém com o mínimo de juízo na Paraíba terá coragem de ficar contra a construção de mais um shopping, seja ele em João Pessoa, Campina, Patos, Guarabira, Pombal, Sousa ou Cajazeiras.
Uma tendência do mundo moderno, os shoppings fazem parte da paisagem nos grandes e médios centros, geram milhares de empregos e conforto para o consumidor.
A polêmica do momento na Paraíba não é entre os que são a favor e os que são contra a construção de um novo shopping, como quer deixar entender o governador Ricardo Coutinho, useiro e vezeiro nessas coisas de criar situações onde ele fica do lado da opinião pública e a oposição contra.
O que devemos invocar, como bem fundamentaram Rubens Nóbrega e Gilvan Freire em artigos distintos, é o princípio da igualdade.
O que Roberto Santiago tem que João Claudino e a Família Rique não têm? A proteção predatória de quem deveria ser isonômico e respeitar a saudável concorrência na iniciativa privada.
Roberto Santiago quer atirar com a pólvora alheia ao armar um circo para se apoderar de um terreno público, economizando assim mais de 100 milhões, formatando uma jeriquita para ampliar sua fortuna sobre o solo que é tão seu tanto quanto é dele. A diferença é que depois de ocupado pelo shopping dele você vai ter que pagar estacionamento e ele receber pelo seu carro estacionado.
O shopping tipo classe A é bem vindo e vai alavancar toda aquela área do Altiplano e dos condomínios horizontais, mas também vai deixar uma lasquinha para Mangabeira, José Américo e Bancários.
O que não podemos admitir é que um único empresário monopolize o setor com dois shoppings e devemos exigir que seja feita uma concorrência pública limpa e vigiadíssima para que outros paraibanos e até grupos não tupiniquins possam oferecer propostas.
Faço aqui um apelo público para que os deputados aprovem a liberação de um terreno, seja ele qual for, para a construção de mais um shopping. Só que defendo que seja aberta uma licitação para avaliarmos quem tem melhores intenções.
E para nós seria um orgulho contarmos com a participação de paraibanos como João Claudino, dono do Armazém Paraíba, e a família Rique, donos da rede Iguatemi.