A ex-primeira-dama do Rio de Janeiro, Adriana Ancelmo, mulher do ex-governador Sérgio Cabral, vai para a prisão domiciliar. A determinação foi dada pelo juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Criminal Federal, nesta sexta-feira. Adriana está presa preventivamente desde 6 de dezembro no Complexo de Gericinó, em Bangu, Zona Oeste do Rio.
A advogada também é investigada na Operação Calicute, desdobramento da Operação Lava Jato no Rio, que levou à prisão Cabral e aliados, e também foi denunciada pelo Ministério Público Federal.
Segundo as investigações, há evidências de que a ex-primeira-dama recebeu dinheiro de operadores financeiros do ex-governador e teria usado seu escritório de advocacia, o Ancelmo Advogados, para lavar dinheiro de propina destinado ao marido.
Em 9 de dezembro, o desembargador Abel Gomes, do Tribunal Regional Federal (TRF) da 2ª Região, negou um pedido de habeas corpus da defesa de Adriano e considerou que um dos crimes dos quais ela é acusada, o de formação de quadrilha, torna necessário sua manutenção em prisão preventiva, sob o risco de atrapalhar as investigações.
Adriana foi alvo de condução coercitiva na Calicute, que também cumpriu mandado de busca e apreensão no Ancelmo Advogados. Em novembro, a pedido do juiz federal Sergio Moro, responsável pelos processos da Operação Lava Jato em Curitiba, o Banco Central bloqueou 11 milhões de reais em contas de Adriana Ancelmo e nas de seu escritório de advocacia.
Fonte:Veja.com