Uma obra considerada símbolo da gestão do ex-prefeito de Campina Grande Veneziano Vital do Rêgo (PMDB), a Vila Olímpica Plínio Lemos está completamente abandonada pela atual gestão, que tem à frente o prefeito Romero Rodrigues (PSDB). O local tem lixo por toda a parte, a piscina está imprestável devido à lama no lugar da água e outros equipamentos estão totalmente depredados e abandonados, imprestáveis para o uso.
Fotos tiradas por populares e publicadas nas redes sociais mostram o atual estado de abandono da Vila Olímpica, antes um local de lazer e prática de esportes, que também oferecia outros serviços, como alimentação, através de uma cozinha comunitária desativada pela atual gestão; e saúde, numa unidade do Programa Saúde da Família, que não mais funciona como deveria.
A Vila Olímpica Plínio Lemos, considerada um dos melhores equipamentos esportivos do Norte e Nordeste do Brasil, foi construída na gestão passada. Trata-se de um completo, moderno e eficiente complexo esportivo com quadra de areia; ginásio poliesportivo; piscina coberta, adaptada para portadores de necessidades especiais; salas de dança, ginástica e artes marciais; campo de futebol; pista de atletismo; área de lazer, Memorial do Esporte e núcleo do programa Campina Bem Estar, além de um restaurante popular e um núcleo do Programa Saúde da Família – PSF integrados.
A Vila Olímpica, erguida onde antes eram as ruínas do antigo Estádio Municipal Plínio Lemos, significou um investimento de R$ 6,5 milhões, com recursos próprios e mudou a vida dos moradores da região leste, transformando um espaço antes abandonado (coincidentemente, na gestão do PSDB, anterior à de Veneziano) em uma grande iniciativa de inclusão e desenvolvimento social, através da implantação de programas de educação esportiva, com 15 modalidades oferecidas, beneficiando mais de 2 mil crianças, jovens e adultos campinenses.
População reclama – O frequentador da Vila Olímpica Severino Alves, de 56 anos, convocou a imprensa de Campina Grande para averiguar a denúncia sobre o estado lastimável em que se encontra a Vila Olímpica Plínio Lemos. Seu Severino, que mora na Rua Campos Sales, no bairro do José Pinheiro, disse não temer represálias da gestão municipal e reclama que o espaço está um caos.
A piscina, mostrou o denunciante, se encontra em completo abandono, servindo tão somente para criadouro de mosquitos da dengue, como se pode ver nas fotos ou indo visitar o local. As bombas de drenagem estão quebradas, os dutos entupidos e há terra e muito lixo no local.
“Os banheiros estão imundos, falta lugar para guardar materiais quando está chovendo, a área dos chuveiros se encontra com limo pela falta de limpeza, causando riscos de acidentes aos usuários, os chuveiros estão todos danificados, fezes humanas e de animais são facilmente encontradas nos arredores da piscina”, disse ele.
O morador solicita ao prefeito Romero Rodrigues e à Secretaria de Juventude, Esporte e Lazer – Sejel, que tome providências. “Trata-se de um bem público que está com paredes com infiltrações, lixo em todos os locais, fiações expostas, cercas depredadas, dentre outros problemas”, afirmou o denunciante.
“A única piscina que funciona é na quadra de vôlei de praia, onde a chuva inundou o local e as crianças brincam com uma água imunda, correndo sérios riscos de saúde. Afinal de contas, a Vila Olímpica é o único espaço que os jovens do bairro do José Pinheiro tem para a prática de esportes”, afirmou Severino Alves.
Outras obras abandonadas – No último ano da gestão Veneziano também iniciou as obras da segunda Vila Olímpica, no bairro das Malvinas, entre as ruas Jamila Abraão Jorge e Jabuticabeiras, no antigo campo do Guarany, uma ação que teve a participação direta do Senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), que direcionou os recursos necessários para a concretização da obra, que inexplicavelmente está paralisada.
Outras obras da gestão passada – finalizadas ou repassadas à atual gestão em andamento e/ou com recursos garantidos em caixa – estão abandonadas, a exemplo do Canal da Santa Rosa, conhecido popularmente como Canal da Lama, a segunda UPA de Campina Grande, no canteiro da Avenida Dinamérica; e o Centro Regional de Reabilitação Funcional e Assistência em Saúde do Trabalhador (CEREST), que fica no contorno da Avenida Dinamérica.