A política dualista do Governo de Ricardo Coutinho para a educação não tem limites. É uma espécie da que acende ‘uma vela a Deus e outra ao Diabo’. Enquanto a SEE – Secretaria de Educação do Estado – anuncia a distribuição de tablets para professores e alunos da rede oficial de ensino, muitas escolas adotam o regime de rodizio no início do ano letivo.
Um exemplo mais palpável do descaso vem de Campina Grande, particularmente na Escola Estadual Anísio Leão, no bairro da Palmeira, sem carteiras para acomodar o alunado, a direção se viu obrigada a adotar o rodizio: nas segundas, quartas e sextas só tem aula para os matriculados no Ensino Médio. Os do Ensino Fundamental aulas são apenas nas terças e quintas.
A decisão da direção do Anísio Leão inspirou a coordenação da Escola Estadual Elpídio de Almeida, localizada no bairro da Prata, o conhecido ‘Gigantão da Prata’. Da mesma forma, outras escolas estaduais da cidade estão seguindo o mesmo exemplo.
A incompetência do governo socialista que fechou quase 200 escolas em 2011, 20% do total de escolas estaduais da época, fez também diminuir o número de alunos matriculados na rede pública. Em 2013, por exemplo, foram inscritos 118.826 estudantes, enquanto em 2010 havia 122.920. A queda ficou em 3,33%, e representa 4.094 alunos a menos em sala de aula.
Segundo o censo escolar, no ano de 2009 foram realizadas 397.444 matrículas. Em 2010, foram feitas 382.689 matrículas. Nessa época, a rede estadual de ensino paraibana tinha capacidade para 400 mil alunos.
Para uma leitora do blog, é preciso não só equipar a escola com computadores e material didático, mas transformá-la em um ambiente com professores motivados, qualificados e efetivos. Como a SEC vai dar treinamento ao prestador de serviços que pode sair da escola a qualquer momento? É dinheiro público jogado no ralo.