Não há como negar que a grande sensação desse início de ano legislativo é a bancada do Partido dos Trabalhadores.
Em poucas palavras a defino como “os templários em busca do sagrado Graal”, numa referência a perspectiva de resgate do valor agregado dessa legenda, que cresceu no Brasil mais se apequenou na Paraíba pelas opções de ir a reboque de outros projetos.
Para Anísio Maia, Luciano Cartaxo e Frei Anastácio o céu é o limite. Podem chegar aonde escolherem com a qualidade da oposição que fazem ao governo lá na Assembléia.
Nenhuma bancada deu mais espetáculo e produziu mais críticas e ofereceu sugestões propositivas que a bancada do PT, “os templários em busca do Graal”.
Acompanhando do Comitê de Imprensa a atuação harmoniosa dos três temos a impressão que se tem é que o governador é um Judas e os paraibanos o Cristo apedrejado e crucificado em seu calvário.
Faz-se necessário então o resgate do Cálice usado na Última Ceia – que foi na véspera da eleição de Ricardo, quando a maioria acreditou nele e se lascou – e lá vão os Templários do PT subir na tribuna para saber por onde anda esse Graal Sagrado, que é capaz de resgatar a história de um partido que um dia teve entre os seus quadros o atual governador e, ao contrário de se orgulhar, quer exorcizar essa página de sua história.
Mas, pergunto, será que no percurso dessa via crucis de ser oposição um dos três se venderá por 30 moedas?
Seriam apenas bravatas aqueles discursos inflamados? Há algum lobo em pele de cordeiro?
Estaria Anísio Maia apenas jogando a serviço de uma estratégia tipo morde e assopra, ou a bancada do PT não tem vocação pra vira-latas e tem realmente pedigree?
E Luciano? E o Frei? Mesmo que capitulem um pouquinho lá na frente a atuação destes primeiros dias já é suficiente para deduzir que o PT cansou de ser esteira e agora quer ser protagonista.