Não sou advogado e, portanto, não voto na eleição da OAB, mas como analista político e marqueteiro que lida com estratégia de campanha, entro sem pedir licença na acirrada campanha para escolher o substituto de Odon Bezerra, desagradando a oposição, a quem gostaria de classificar como desprovida de inteligência tática.
A notícia de que Carlos Fábio tinha renunciado para apoiar Paulo Maia, que também recebeu o apoio de Caius Marcellus, me chamou a atenção em três aspectos.
O primeiro é menos importante, mas preocupante para quem pretende ser presidente de uma entidade tão importante e ainda é professor. Foi o erro de português cometido pelo advogado Paulo Maia, quando anunciou a adesão de Carlos Fábio nas redes sociais e, assassinando a língua pátria, escreveu repercussão como “repercução”. Assim mesmo com ç. E não pode culpar o corretor de texto do celular.
O segundo detalhe que pesquei foi o fato de todos os candidatos à presidência da OAB terem se juntado para enfrentar um só, Carlos Frederico, elevado com essa bobeira à categoria de favoritíssimo.
Se Carlos Fábio e Caius Marcelus desistiram em favor de Paulo Maia, que, teoricamente, com a soma ganha musculatura, logo deduzo que o advogado Carlos Frederico lidera a preferência dos associados e as firulas da oposição revelaram na verdade fragilidade, diante da solidez da candidatura patrocinada por Odon Bezerra.
O terceiro vacilo que me chamou a atenção foi o sobrinho de Roosevelt Vita, Raoni, ter sido indicado para vice de Paulo Maia. Não pelo pedigree, mas por ser de João Pessoa e a chapa ficar sem a presença de um campinense nos dois cargos mais importantes.
Faz-se necessário que se traga à tona o fato de Paulo Maia ter fechado um acordo recentemente com Félix Araújo, que já circulava pedindo votos como vice, e agora com sua vaga ocupada só lhe restará aceitar o desacordo e explicar aos advogados campinenses se ainda tem motivos para votar numa chapa que excluiu Campina.
Eram essas as ponderações que eu tinha para fazer sobre a eleição da OAB, que acontecerá em novembro e mobiliza uma categoria grande em quantidade e qualidade.
Hoje Paulo Maia ficou menor, apesar da adesão de Carlos Fábio, e Carlos Frederico vai dormir maior, quase presidente.