Apesar da antropofagia em prática no Coletivo Ricardo Coutinho, ambiente onde todo mundo diz decifra-me ou te devoro e arremessa e leva pedradas, há sempre a possibilidade de reconciliação em nome da sobrevivência e isso me preocupa.
Basta lembrar que em qualquer nível de navegação há um código de honra entre as partes, dos cavaleiros da távola redonda do Rei Artur a horda do anjo caído Lúcifer.
Aparentemente, foi caco de ricardista pra todo lado e aquele complexo de lagartixa característico de quem era membro da seita Coletivo RC, deu lugar a uma vocação para o papel de X9
Mas, poderem, quem me garante que não haverá uma recaída? Afinal, ninguém naquele Coletivo é inocente até que se prove o contrário e, como diz o ditado reciclado, amor que enrica é amor que fica.
Agra, Nonato, Roseana e Urquiza sabem tanto que podem, se quiserem, levar o Governador ao impeachment e desmoralização histórica, mas também pecaram e temem a vala comum.
Vejo a briga de foice, fico sabendo através de interlocutores de confiança que o imbróglio é pra valer, mas prefiro manter o pé atrás.
Tem conjugue que apanha e não larga o agressor e em briga de marido e mulher ninguém deve meter a colher.
Há laços que manterão todos os membros do Coletivo RC unidos para sempre e nada que surgir daquele núcleo merece confiança.
Não se enganem, pode não ser teatro, mas tem cheiro de marmelada. Agra conseguiu adiar o congresso do PSB, quer bater chapa. Se ganhar na convenção, RC diz que sua candidatura é fruto da democracia e adquire um viés democrático; se perder RC arranja um jeito de enquadrá-los.
São filhotes do mesmo peito. O projeto deles é de poder e basta um aceno com vantagens para se reunirem na mesa farta.